Coisa Boa

Eu hoje escrevo nas folhas do inverno
Que agüentaram o outono
E por não terem dono
Continuaram caderno
Resistindo ao inferno
Do vento cortante
Que se faz uivante
Quando a vida quer

Por isto é mister
Que formiga e folha
Façam a escolha
De se unificarem
Para enfrentarem
Todos os tufões

A formiga o Barco
A folha a vela
Os dois caravela
Por mares e charcos

Que os ventos dos nortes
Dos suis, oestes e lestes
Os levam ao futuro
A um porto qualquer

Talvez a um povoado
De milhões de iguais

Ou à megalópole
De duas pessoas
E ninguém mais

Num lar com telhado
Que soe a garoa
Os dois misturados
Num prato de Amor
Ah! Que coisa boa...







Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 24/07/2011
Reeditado em 18/12/2011
Código do texto: T3115617
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