Melhores do que outros…
Alguns dias são assim
Numa espécie de duplicidade
Que não sabes como explicar
Sendo que a que é possível
É que na diversidade
Residem alguns dos caminhos que podem levar à eternidade…
Algo de perfeitamente subjectivo
Algo de discutível
Porque muitas vezes é o que faço
Ou o que deixo de fazer
Ou de dizer
Que definem
Se queres ou não ficar comigo…
Porque me sinto assim
Desde a primeira vez
Porque me sinto assim
Com uma vontade de partir
Que luta contra a de ficar
Tendo que tomar uma decisão
Enquanto leio a indecisão
Na duplicidade do teu olhar…
Sentindo-me que tenho tudo
Sentindo-me que tenho nada
Sentindo que tenho que ficar por casa
Ou então que percorrer os caminhos do mundo
Bem longe
Desvendando os mistérios noutras pessoas
Em mais uma
E mais uma madrugada…
Porque tenho que ler
Desde sempre
O sentido
De quando me saúdas
Saber se me queres por cá
Ou se ao falares
É a mesma coisa
De seres muda…
Tenho que tomar a decisão vital
De decidir o óbito
Ou a sua reanimação
Tenho que tomar
A tal decisão
Que acaba por ser sempre a mesma
Se te fico a ver
Numa espécie de amanhecer
Ou se me faço mais uma vez à estrada
Dando origem a uma espécie de eclipse
Interrupção temporária
Da comunicação
Começando
Tudo de novo
Começando uma absurda batalha
Contra a trivial batalha dos sentidos
Onde longe
Demasiado longe
Saberei que me queres contigo…