AMOR, TÃO FRÁGIL AMOR
Amor quando frágil amor,
Se derrama e despetala,
e sob o vento da forte incompreensão
se fragela e se avassala
erguendo-se acima da razão.
Amor quando frágil amor,
brotado em corações emperdenidos
não consegue se impor ao mal vivido
e sempre vacila diante da indecisão.
Sopros suaves o deixam enriquecido
e o supera com ares esquecidos,
mas ele oscila cambaleante ante a dor...
Ah expectante amor!
Que sempre está alerta...
ao menor ruído de
irreverência é porta aberta,
seja pra que sentimento for...
está quieto no reduto de algum peito,
e se levanta quando se sente no direito
de erguer a voz clamando por prazer.
Se está estático com o silêncio pronuncia,
ou se elétrico se introduz com euforia
aos que rodeiam o seu excêntrico viver.
Amor tão frágil que em surdina incendeia
o coração que inconsequente alardeia
pra se afogar em um mar inlúcido até morrer.