AMOR SEM FIM (atemporal)
Quando eu te vi a primeira vez
Tive uma certeza impressionante
Aquela não era a primeira vez que te vira
Nem seria a ultima
Aquela doce textura no olhar
Como um imã poderoso
Juntou-se ao meu...
E pudemos ter a mesma sensação
Janelas de encarnações se abriram
Crepúsculos se acenderam
Sob o olho crepitante do sol
Crateras de lembranças voltavam
Na velocidade da luz volitavam
Andanças irradiantes danças celebravam e faiscavam
Nos portões de nossas memórias
Gestos, luz, cores, flores e rodas encarnatórias
Tudo se ensandeceu no motor do mundo e da gente
Tudo vibrava estávamos abduzidos a mundos paralelos
Encarnações passadas eram repassadas telepaticamente
Um lusco fusco de sinapses como uma fita reluzente
Se desenrolava na mente...E aos poucos a sintonia tomava forma
Reduzindo a velocidade diligente, voltava trazendo uma paz infinita
Na tinta fresca do agora do momentum
Veio a certeza e o impulso arqueado do beijo
Adormecido há muito tempo na despedida
Do espaço-atemporal havíamos percorrido outras hierarquias
Universos distintos e finalmente diante do cálice astral
Na afinidade de um olhar a sintonia vernal
O contato físico tangível
O regresso ao ser onde tudo emana amor é imenso e incoercível
Na androginia do ovo cósmico a experienciação é inesgotável
Chegamos ao resultado de tornarmo-nos unos vivíamos loucos a
Procura dos nós que se desfizeram... Nestas viagens cósmicas
Como diz o Tao... Um produz Dois meu amor!
Na terra formamos o céu e passamos pelo batismo do fogo
E o nosso amor se encontrou formando o elo que faltava
Para completar o anel cujo receptáculo da passagem
É o portal do influxo celestial e tudo começa de novo!