BRINCANDO DE AMAR...
(PERDI O BONDE DA VIDA)
“Se eu tombei de amor foi que o peso da dor inventou-se de aninhar sobre os meus ombros.”
Ivan Corrêa
Nada indaguei,
não procurei
saber quem era,
de onde era,
de onde viera,
nem por que viera.
Quando aproximou
dei boas vindas;
vibrei com a chegada
de quem nem conhecia,
displicentemente
baixei a guarda.
Foi chegando e abrigou,
ficou onde não devia,
sem nem se dar conta
dei guarida e carinho,
dei até o que não tinha.
Afeiçoei-me demais
àquela desconhecida,
doei a ela um amor
louco, puro e pleno,
às vezes, brando, sereno...
Assim como chegou partiu,
partiu sem dizer aonde ia,
nem por que partia;
fiquei de peito aberto
sentindo a dor do amor.
...brincando de amar, amei,
amei e perdi o bonde da vida.