MÁGICA PRESENÇA DA CHUVA

Ouço-me, quando ouço a chuva

Ouço meu próprio silêncio

Seria impossível não ouvi-lo

Tamanha sua intensidade.

Quando ouço a chuva

Ouço o silêncio mais premente

A voz pulsante, indefectível.

Vejo-me, quando vejo a chuva

Sinto-me, mesmo em detrimento a ausência

Toco-me, quando toca-me a chuva.

Pairo na efêmera longitude

Renasço ao som da chuva

Ouço-a intrépida e longa

Como um belo corpo em partículas

Como miríades de um cristal...

Castro Antares
Enviado por Castro Antares em 22/07/2011
Código do texto: T3112512
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.