MÁGICA PRESENÇA DA CHUVA
Ouço-me, quando ouço a chuva
Ouço meu próprio silêncio
Seria impossível não ouvi-lo
Tamanha sua intensidade.
Quando ouço a chuva
Ouço o silêncio mais premente
A voz pulsante, indefectível.
Vejo-me, quando vejo a chuva
Sinto-me, mesmo em detrimento a ausência
Toco-me, quando toca-me a chuva.
Pairo na efêmera longitude
Renasço ao som da chuva
Ouço-a intrépida e longa
Como um belo corpo em partículas
Como miríades de um cristal...