Discernimento
Docilidade que dormia em minha poesia,
Do amor, a calma arte desmama,
O que a ti, agora minh'alma declama:
Alma, ninho de algumas dores,
Vida, choro de muitas prosas...
Tragam-me da atuação de alguns atores,
Ou do sopro d'uma cantora amorosa,
A imagem e o som poético das rosas!
Eu lavarei a minha saudade
Com as lágrimas da realidade...
Pedirei a qualquer santidade,
Que me dê um vento, uma sombra,
Ou uma calma, em qualquer fim de tarde!