Discernimento

Docilidade que dormia em minha poesia,

Do amor, a calma arte desmama,

O que a ti, agora minh'alma declama:

Alma, ninho de algumas dores,

Vida, choro de muitas prosas...

Tragam-me da atuação de alguns atores,

Ou do sopro d'uma cantora amorosa,

A imagem e o som poético das rosas!

Eu lavarei a minha saudade

Com as lágrimas da realidade...

Pedirei a qualquer santidade,

Que me dê um vento, uma sombra,

Ou uma calma, em qualquer fim de tarde!

Pergentino Júnior
Enviado por Pergentino Júnior em 22/07/2011
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T3111029
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