" noite efêmera"
Como ninfa
expele tua fumaça
da sedutora boca.
Pela noite, arme tua teia
onde me deixarei tatuado.
A espera de que tudo faça-me,
além de aprendiz voraz
em tua alcova.
Quero voar sobre
o teu ventre, mas com zelo.
De tal modo,
que te darei o infinito num beijo.
Agarrar-me a tua anca fêmea.
E por instantes,
fazer-me menino e feliz...
Dentro da noite efêmera.
Momento
(Ou mariposas noturnas)
Assim de forma
exultante teus lábios sorriram.
Estavam adiante de meus sentidos
e fora do mundo!
Uma mariposa
a bailar à frente do ventilador,
dentro da noite perdida.
Não se perca na noite!
Apenas beije-me como
se ontem fosse sempre,
ou a vida fosse hoje.
Como se eu não soubesse,
que tu serás sempre
mariposa, mariposa...
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* Lenda da Mariposa
Segundo a lenda, a mariposa se apaixona pela luz da lâmpada e tenta se aproximar dela até que seu calor a queima e ela morre. Assim, esse inseto é atraído pela luz tal como o apaixonado, que iludido pela força da paixão não enxerga a verdade (a luz) e acaba consumido por esse sentimento arrebatador e morre em busca da verdade.
(Dicionário dos Símbolos)