Pureza
Vejo em mim uma pureza tão imensa
Que me encanta como ser coevo e prosaico:
É uma pureza tão provida, que nem consigo explicar...
Assim qual uma estimativa contábil exata
Da qual, entretanto, não se necessita falar.
Digamos que vejo em mim a pureza claramente permitida
E vejo exatamente o que é possível ver:
Pois me sinto verdadeiramente o maior dos homens,
Posso me tocar pondo as mãos na própria cabeça.
Além do que: não sei o que fazer com essa pureza
Sei apenas que ela está em minha ingenuidade
E pode a qualquer tempo tornar-se um problema a enfrentar.
Sei também que, em se tratando do nosso dia-a-dia,
Continua adequação exonerada da ficção,
Essa pureza de fato torna-se uma temerariedade nas ações.
Conservai-me Deus, essa pureza de espírito
Porque ela me servirá como a humildade perfeita
Para suportar a arrogância dos homens fracos.
Dê-me força para permitir de modo passivo a dor
Eu permito a verdade, à pureza da ingenuidade o amor.