Pureza

Vejo em mim uma pureza tão imensa

Que me encanta como ser coevo e prosaico:

É uma pureza tão provida, que nem consigo explicar...

Assim qual uma estimativa contábil exata

Da qual, entretanto, não se necessita falar.

Digamos que vejo em mim a pureza claramente permitida

E vejo exatamente o que é possível ver:

Pois me sinto verdadeiramente o maior dos homens,

Posso me tocar pondo as mãos na própria cabeça.

Além do que: não sei o que fazer com essa pureza

Sei apenas que ela está em minha ingenuidade

E pode a qualquer tempo tornar-se um problema a enfrentar.

Sei também que, em se tratando do nosso dia-a-dia,

Continua adequação exonerada da ficção,

Essa pureza de fato torna-se uma temerariedade nas ações.

Conservai-me Deus, essa pureza de espírito

Porque ela me servirá como a humildade perfeita

Para suportar a arrogância dos homens fracos.

Dê-me força para permitir de modo passivo a dor

Eu permito a verdade, à pureza da ingenuidade o amor.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 06/12/2006
Reeditado em 06/12/2006
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