VIGOR (Ausência Intransponível)

Entrego-te o meu amor,

Porém, a ausência insípida,

Sangra no ausente verso,

Na falta de um novo poema.

Amo-te, com infinita saudade,

Porém, minh’alma sangra,

E na ausência do tempo,

Meu tempo é ausência.

Amo-te, secretamente,

Com toda força de meu coração.

Amo-te, efêmero como um coadjuvante,

Voraz como um protagonista.

Amo-te, como quem contempla o crepúsculo,

Como ao calar da noite crepitante.

Amo-te, ao silenciar da bruma fria,

Ao fanal da esperança.

Amo-te, enfim, mesmo ausente de mim mesmo,

Mesmo preenchido de ilusão.

Amo-te, enfim, como purpúrea rosa de um belo jardim,

Com vigor e sinceridade de uma criança.

Castro Antares
Enviado por Castro Antares em 20/07/2011
Código do texto: T3107821
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