Bailarina ll
Trago do mundo/
Uma paixão/
Onde,num gesto teu,puro,/
reverbera um clarão/
Cuja luz,subjuga as vozes no escuro/
Em que se refugia a ira e o perdão,
num cintilar completo/
do teu corpo/
em seus rodopios e em seus nexos/
Em que o pão e o vinho,também tem reflexos/
de conforto ou desconforto/
em chegadas ou partidas/
em abandonos,sem despedidas,no porto/
E a palavra não proferida/
é resignificada/na respiração sincronizada/
em que a minha cegueira é resgatada/
nas cores refratadas/
da alegria e da dor/
Em sua doçura,delirantemente bailadas/
Para que o fogo possa sempre se recompor./
Afugentando os pássaros tristonhos
Das noites,em que não invades os meus sonhos