Fazer poesia se torna uma tarefa difícil,
E por quê? Porque o álcool é débil,
As ligações não atendidas são um tormento
Nessa noite em que espero a sua chegada
Nem que em forma de vento.
 
Seria eu o garoto mais errado do mundo?
Porque não soube rimar as palavras
Que te tocaram no fundo,
Rimar minha vida com saudade
Seria no fundo da minha existência
A meu ver apenas maldade.
 
Oh doce consciência!
Regente desse tempo
Não me permita falar de vento
Ser supremo na minha concepção,
Dona de muitas decisões desse coração
E seria loucura essa vontade que a mim somente é sua.
 
Nesse dia eu seria errado,
Eu seria mais um louco
Eu seria criança,
Eu seria bicho solto
Usar de amizade para tal,
Usar de mim para o mal?
Seria vontade de Deus?
Acho que não, não será!
Será vontade de um dos meus!
 
Eis-me aqui senhor dessa era,
Eis-me aqui implorando,
Olha camarada estou chorando,
Meu coração há tempos estava orando,
Fui mais alem do que essa era chamada vida
Fui alem disso para não ser fingido,
Para não ser eu assim como sou...
 
 
Para variar e distinguir,
Não queria fugir e nem ser destemido
Em horas que o coração se joga ferido,
E se faz de vitima, seria hora de gritar?
Eis-me aqui “a seus pés” tal de amor,
Eis-me aqui causador de dor...
 
Diz à canção que existe uma chance,
Uma opção de felicidade longe do mundo,
Longe da maldade e dessa saudade
Poderia eu atingir sua alma
Com as dores dessa geração? Com tranqüilidade?
Assim como um assassino calculista,
Nunca insano! Nunca frio e nem fraco!
Poderia a vida ser assim solista,
 Rimas de um só, rimas da saudade...