Dom

Pode até ter outro

Falando em seu ouvido,

Mas não têm minhas palavras,

Sua palavra não tem o meu tom,

E seu jeito de falar

Não tem o meu dom,

Dom de lhe fazer fechar os olhos

E ver seu sonho real.

No arrepio da pele

Pelo calor de meus lábios sábios,

Na leitura de seus desejos

De sabor infinito

De infinita vontade

Da vontade de de novo...

De novo ouvir minha língua em seu corpo

Querendo meu gosto,

Aguçando o gostar

Pra alma também saborear

Pra acalmar, elevar e permanecer sereno.

Sereno como teu perfume

Que paira no ar.

Junto a tua beleza

...um suspiro!

Inspirei teu cheiro e tua essência,

Contemplei seu ser belo

Que parou tudo por um momento.

Para então iniciar meu desejo interminável.

Luiz Brandão
Enviado por Luiz Brandão em 19/07/2011
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