Ternura

Namoremos! Espero de ternura

Habituar-me à tua essência!

Suportar e apreciar essa aflição

Que me desfalece de entusiasmo!

No teu espírito, na tua graça.

E na tua lividez

E nos teus cáusticos lamentos

Ansiar-me de desesperança!

Espero em tua fonte saborear

Da tua ternura no paraíso,

Espero em teu úbere extinguir-me

No encanto do teu peito!

Desejo habituar-me à perspectiva,

Preciso vibrar e experimentar!

E no teu perfumado cabelo

Preciso me imaginar e adormecer!

Vem santa, minha adolescente,

Meu espectro, meu espírito!

Que entardecer, que entardecer admirável!

Como é delicada a brisa!

E entre os imortais da aura

Do crepúsculo à branda juventude,

Preciso viver um instante,

E esconder-me nesse amor!

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 06/12/2006
Código do texto: T310544
Classificação de conteúdo: seguro