Segunda chance

Qual poema que venceu

um concurso literário,

sobressaída a tantas

rainha em meu relicário.

Tua entrada, oh, melenas longas!

Invade até os domínios do sono;

manancial, oásis de ternura,

no Saara de meu abandono…

Agora que as tâmaras maduram,

miro os cachos com desejo;

ainda extasia a paisagem,

e não é miragem, te vejo.

Me cativastes, és responsável,

por cuidar doravante, o coração meu;

lembre, nessas areias há uma fonte,

onde o Pequeno Príncipe bebeu…

Refeito da pane, meu coração

decolemos então, pra nossa casa;

sem temer a queda, é tapete o chão,

pois Ícaro, colou firmes, suas asas.

Deixemos ao vento, as folhas secas

que ele varra o chão, caso queira.

na viva tocha que o Pai acendeu,

façamos da segunda chance, a primeira…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 19/07/2011
Código do texto: T3104832
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