A Procura de Ti...

Como as libélulas que esvoaçam

a procura de um riacho

caminho estonteada

sublimando a tarde

e não te acho.

Meus lábios estão ressecados de tanto

ansiar pela presença de teus beijos.

Sou mais uma notívaga de bar em bar

perambulando e mendigando amor.

Vejo sempre a mesma imagem

nessa ânsia que não cala.

Acendendo o facho do desejo,

Oculto-me sob a capa da sensualidade

e alucino-me sonhando com teu vulto que não vejo.

saiu em busca de caminhos,

que nunca hei de alcançar...

pelo vasto e infinito prado;

Sinto meus pés afundarem

na lama ilusória que ensopam meus patamares.

Em disritmia com meu ser

sou a incauta, a engolida pela malta,

a fútil, que se desequilibra em tantos versos

e anda a esmo suplicando uma resposta

que me deixe sorrir, sim, para que eu ainda possa

acreditar na vida e esperar sem sucumbir.

Rose Arouck
Enviado por Rose Arouck em 05/12/2006
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