SILHUETAS,RIMAS E TONS

O épico,a densidade aos poucos

um apelo,o motivo que clama

Hiatos em versos absortos,

pelas línguas de fogo em chama.

A circunstância irrompe em ternura

liberta a alma onde o claustro impede,

o que a melodia ao longe insinua

aliciando a fuga inerte.

A elegância na insônia deserta

pelo farol que embaralha os minutos

E no reflexo do espelho a flecha

em irresistível,intenso impulso.

No sopro,a inspiração feito argila

tecida pela cinza das horas

O cântico sagrado inicia,

o tom de antanho no agora.

As sombras modelamteu rosto

acorrentada eu espio o destino

Na vaidade do tempo exposto,

abrem-se fendas no instinto.

A performance,o canto de sereia

pelica no toque das mãos

Seiva mágica que ateia,

fogo e gelo em ebulição.

Pela imensidão,a janela

cintilam estrelas no teu olhar

A passagem,a porta entreaberta

nosso período de recomeçar.

Céu de estrelas e fascínio

é o trono do meu Orfeu

Pelo fio da pena em declínio

que o poema de amor escreveu...

Laura Di Paula

Laura Di Paula
Enviado por Laura Di Paula em 18/07/2011
Reeditado em 11/08/2011
Código do texto: T3102927