No salão




Como é bom poder sonhar,
Imaginar, coisas tão bobas,
Que um casal em harmonia faz
Sem precisar se complicar...

Extrair da brisa
Uma poesia
Um gemido de alegria
Que o poeta escondeu.

Fazer de conta...
Como nos fazíamos:
Dançando, sonhando segurando sua mão...
Pegando sua cintura suavemente...
Num abraço, vamos rodando pelo salão.

Tudo parece festa.
Suas cores, seus risos,
As luzes dançando no compasso
Dos nossos paraísos.

Se, a música acaba...
Outra começa.
Nossa roupa se balança...
Quero continuar a dança.

Seguir seu ritmo
Numa canção...
Em um ritmo Preguiçoso...
Poder te imaginar.

Ah! Poesia minha,
Você é o meu único critério!
Simplesmente sigo seus passos
Rabiscos seus passos, procuro seus mistérios...


De Magela e Maria Flor.