“PULGÊNCIA”

“PULGÊNCIA”

Fulgente,

Gente que sente

Que é tarde,

Que é frente,

Em frente,

À ingratidão dos olhos

Em que se cobra

Um corpo incipiente

Rente se sente

O que se habilita,

Que palpita

Um atropelamento

Do esteio

A uma súbita ferida

De conveniência

O cometimento de um crime

É a vértice de um cisne pródigo

Filme póstumo a Feline

Que fique sóbrio

Aos meus palpites

Que são deslizes

Para a senha dos nórdicos

O módico pão de entreter

É uma ceia de perda

E de inglório rompimento

Vento de polvorosa,

De ardilosa lupa

Que aumenta os acontecimentos

Faltosos de culpas

Alimento de um vazio

Vacilo de riso

De um rio de desforra

Uma polvorosa hora

Que ora mata

O amor em seu cativeiro

De troca,

Viveiro!

Traiçoeiro de afogá-lo

De dá-lo em remendo

De avisá-lo,

Cubra o seu corpo,

De convencimento

Requento todo dia,

Sua indisciplina...

De não se fazer afago...

Para faltar e não fartar

O momento em seu

Curvado tempo

Amparado,

Por um hímen,

Desfigurado,

Pelos cachos

Pungentes

Dos bravos pedintes

Que cismem em atos seguintes

Constituintes,

Tremendo e temendo

Em siga-se a vertente,

Acabar-se por violá-los

Em todos os sonhos

Por demais presentes

Na urgência,

De visitá-los.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 18/07/2011
Código do texto: T3102787