Vinte e um
amor é tão sábio, que nos faz idiotas,
pinta a tolice dos nossos lábios,
e a amada nem o nota;
Também comigo já fez,
dizer duas palavras em parco inglês,
e ler no olhar amado: “poliglota”.
O amor é tão duro que parecemos gelatina,
desmonta nossas defesas,
quando a amada se aproxima;
Também a mim desmontou,
quando numa gafe ela errou
e observei: “Esperta essa menina”.
O amor é tão complexo, que nexo ignora,
não pede nem dá razões,
é absoluto quando aflora.
Também eu não entendi,
quando seu afago recebi,
tampouco quando foi embora…
O amor é tão impar como vinte um,
nada se lhe pode comparar,
nenhum sentimento , nenhum;
Também eu já fui meio,
mas quando o vaso esta cheio,
os dois perfazem, um…