Vinte e um

amor é tão sábio, que nos faz idiotas,

pinta a tolice dos nossos lábios,

e a amada nem o nota;

Também comigo já fez,

dizer duas palavras em parco inglês,

e ler no olhar amado: “poliglota”.

O amor é tão duro que parecemos gelatina,

desmonta nossas defesas,

quando a amada se aproxima;

Também a mim desmontou,

quando numa gafe ela errou

e observei: “Esperta essa menina”.

O amor é tão complexo, que nexo ignora,

não pede nem dá razões,

é absoluto quando aflora.

Também eu não entendi,

quando seu afago recebi,

tampouco quando foi embora…

O amor é tão impar como vinte um,

nada se lhe pode comparar,

nenhum sentimento , nenhum;

Também eu já fui meio,

mas quando o vaso esta cheio,

os dois perfazem, um…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 18/07/2011
Código do texto: T3102759
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