Farsa definitiva

Não sei se sou feliz ou triste.

Apenas assopro as palavras do papel,

e vejo em que monstruosidade

isso vai dar.

Se canto, agradeço por virem ao meu show.

Se choro, tenha certeza que sou humano.

Pois finjo, e me enterro sob a verdade.

Se espero, se vou, olhe para mim.

É a nudez de que sou capaz.

Morra, exista, amontoado de carbono,

não confie, insista, me esqueça.

E assim peço ao palhaço oculto,

que desça a cortina.

E vou para algum lugar.