ADULTO URBANO

Passeio descalço nas lembranças quando criança...

O chão de terra era mais leve... parecia em nuvens flutuar...

O vago era vagar vendo a luz dos vagalumes em noites tênues...

Andando sobre os cafezais verdoengos...

Memórias dos dengos...

Meus pais à muito me amar...

Balsa no ribeirão pesca e fartura tudo na mão...

Galope dos cavalos desembestados por atalhos...

Escola branca na estradinha todos dias de charretinha...

Contos dos causos da roça...

O saci - pererê que sai do meio da palhoça...

Debuiar dos mios... galinha caipira...

Lembranças e estórias... medo do curupira...

Fatos da infância ... inocência arquivada...

Calço, agora os meus sapatos envernizados e piso no chão de asfalto...

A selva de pedra me espera ...

O vago se resume agora em apenas meia hora... sem os vagalumes para brilhar...

Abro o computador e muito à trabalhar... desligo as lembranças...

E, vou conectar-me novamente...

Nas loucuras insane de um ser adulto urbano e o seu cotidiano...

PAM

PAMPOETA
Enviado por PAMPOETA em 17/07/2011
Reeditado em 17/07/2011
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