ADULTO URBANO
Passeio descalço nas lembranças quando criança...
O chão de terra era mais leve... parecia em nuvens flutuar...
O vago era vagar vendo a luz dos vagalumes em noites tênues...
Andando sobre os cafezais verdoengos...
Memórias dos dengos...
Meus pais à muito me amar...
Balsa no ribeirão pesca e fartura tudo na mão...
Galope dos cavalos desembestados por atalhos...
Escola branca na estradinha todos dias de charretinha...
Contos dos causos da roça...
O saci - pererê que sai do meio da palhoça...
Debuiar dos mios... galinha caipira...
Lembranças e estórias... medo do curupira...
Fatos da infância ... inocência arquivada...
Calço, agora os meus sapatos envernizados e piso no chão de asfalto...
A selva de pedra me espera ...
O vago se resume agora em apenas meia hora... sem os vagalumes para brilhar...
Abro o computador e muito à trabalhar... desligo as lembranças...
E, vou conectar-me novamente...
Nas loucuras insane de um ser adulto urbano e o seu cotidiano...
PAM