Como escreve o meu Poeta a mim...
Uns cantam o amor com as mais lascivas
Palavras. Sem fineza... Só erotismo.
Outros cantam o Amor puro, o Amor dos Anjos,
O amor platônico que não sai do ensimesmismo.
Há os que falam de amor, louca paixão,
Mas é um amor que passa, é só finito.
E trocam de objeto a inspiração
Pois não é Amor: não há o senso do Infinito!
O meu Poeta canta estrelas com suas mãos
E meu corpo transforma em pergaminho
Gravando para sempre a inspiração...
É paixão e desejo! E é muito mais:
É uma vida de amor e de carinhos
- Única e eterna – que não morrerá jamais!
E eu, tendo na vida os versos seus
Escritos com ternura, de mansinho,
Nos completamos e vamos até Deus!
Somos um, fomos um, e assim seremos
Na poesia de nosso Amor, sempre juntinhos
E assim, na Eternidade viveremos...
O meu Poeta... Ele versa no cotidiano
Na fidelidade do amor em todos os cantinhos
E assim vivemos em poesia, ano após ano...