Pecados capitais
PECADOS CAPITAIS
Nós somos filhos de Deus,tudo nos convida ao bem
Somos tentados porém, a vivermos como ateus
Crenças minhas credos seus, oração prá todo lado
Prá se livrar do danado, ter a alma e o corpo são
E fugir da tentação, se afastar do pecado
Mas ele vem atrelado, em todo o tempo nosso
Eu faço mais do que posso, prá viver despreocupado
Mas não vou deixar de lado, da vida toda beleza
Eu quero toda riqueza, luz, amor e alegria
Da prosa da poesia, eu amo a natureza
Tem o lado da tristeza, essa não é bem-vinda
E se a dor é infinda, tem remédio com certeza
Pro pobre e a nobreza, toda planta tem raiz
O destino assim quis da justiça a balança
Todo adulto foi criança pode escolher ser feliz.
Vou expressar com presteza, as coisas que são demais
grande prejuízo traz, olhe só a natureza
Em toda sua grandeza, não exagera jamais
Pergunto quem é capaz de correr do precipício
Entre a virtude e o vício dos pecados capitais!
Afirmam ser eles sete, a conta pode ser mais
Não importa o aliás, e isso não me compete
Não quero jogar confete, vou descrever com franqueza
Isso que é uma fraqueza e torna o homem mesquinho
Querer só prá si sozinho, vou dizer da avareza.
No que tem o avarento, lá está seu coração
É ser muito sem razão a vida desse elemento
Ele não pensa no tempo, nada vai aproveitar
Vive sempre a batalhar, faz demais economia
Tem bem pouca alegria guarda prá outro gastar.
A gula ri do guloso, pobre, infeliz glutão
Comer, beber sem noção, pode parecer gostoso
Vai morrendo o desditoso, se o apetite é voraz
Quase nunca o satisfaz, tem sempre sede e fome
E aos poucos se consome, morre por comer demais.
Soberba e vaidade, formam a dupla pior
Mas elas são uma só prepotência da maldade
Tudo passa na verdade e o que virá saberei?
O tempo de tudo é rei e a vanglória vai ao chão
De quem diz com pretensão: dest` água não beberei!
Preguiça engendra dor, desanima o homem bom
Espanta talento e dom, despreza o valor do amor
É bem grande o dissabor, ver o fim e a tristeza
Falta o pão em sua mesa, desgraça lhe bate à porta
Alma triste semi-morta: preguiça gera pobreza!
A luxúria indecência, desamor ao soberano
A orgia desengano, faz pesar a consciência
Vício que espanta a crença, basta esperar prá ver
E o final desse querer,tristeza coisa cruel
A ressaca gosto de fel, muito caro esse prazer.
A inveja é grande mal, cobiçar decerto é ruim
Tenho dó de gente assim, dessa casta anormal
Esse tipo é tão banal, pobre de se lamentar
Vive para invejar, não se dá nenhum valor
Se torna bajulador, azarento a agourar.
Ira não é coisa boa, para o coração da gente
É emoção de descrente, só quem ama é quem perdoa
Melhor é viver à toa, que passar a odiar
É melhor não magoar, olhar com bondade os seus
Agradecer tudo a Deus e a paz nos habitará
Coitado do avarento, do lamentável guloso
Infeliz o soberboso, do preguiçoso nojento
Da luxúria e seu tormento, da inveja esse horror
Do irado sem amor, sete estigmas carnais
Dessas chagas capitais, livre-nos Nosso Senhor!