De Amor que liberta

 

Hoje…já não é ontem.

 

                               Perguntava-me _________tantas vezes

Onde está teu coração que já não ama?

                             Onde está essa chama juvenil? Esse langor

Essa fantasia tornada flor a desabrochar?

Esse enleio que te fazia corar ___tropeçar

Quando os passos do teu amor ouvias

A sua voz escutavas? ______________

E____________esse cântico sereno que soava dentro de ti

A chama da vida a querer romper

Que querias esconder, para ninguém perceber

Esses passos do teu corpo ondeando

ao vento da imodéstia, que fazia verter

olhares lânguidos de dominadores,

sonhando com posses proibidas.

Porque em ti? Já um amor acelerava teu coração

Linda flor que esperava ser colhida

em gemidos,  aspergidos, prazeres ignorados.

Que sua alma previa iria conhecer

A espuma do mar era o rendilhado

alvo das vestes de noivar que sonhavas vestir

No cantar das aves ouvias árias de tenores

Violinos compunham delírios nos teus ouvidos

perdia-se nas teclas do piano sonhando

despertada pela voz da mestra

deixando cair de entre os livros de solfejo

os primeiros ensaios dos poemas ao seu amor

Nas saias rodadas na cinturinha fina

nos cabelos longos

Que brilhavam ao sol da manhã

seus passos leves que na calçada mal tocavam

Como se ensaiasses o bailado da sedução

Arrastava sonhos de quem a olhava

e se enlevava

Mas tu? tinhas já o teu amor.

O teu grande primeiro amor

Que nas asas do vento um dia se foi

tal como a vela que abrasa e se decompõe

como acontece com todos os primeiros amores

que se afogueiam com as primeiras alvoradas

e amornam nos frios da noite

E apenas ficam ecos

que repercutem eternamente no firmamento

E dessa privação o primeiro amor nunca se liberta.

De tta

Ernesto Cortazar - Forget Me Not

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 16/07/2011
Código do texto: T3098423
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