Sede de amar

Que sede que sede eu tinha de amar

Aninhar -me nos teus braços

Sôfrega ao me beijares

Que sede que sede

Que fosses agua da fonte

Forte da corrente

E viesses saciar

Esta sede que me consome

Estas pobres ilusões

Que me estão a atentar

Mil beijos num só beijo

Um  rio a abraçar-me

A frescura da fonte

Mel dulcificante

No campo o alecrim

Macio e florido

De ramos caídos

Leito de noivar

Quanta dor comovente neste desejar

Que sede meu Deus

E minha alma a penar

dessa sede doida e devoradora

que me anda a supliciar

E os anjos no céu olhando entre si

 Viram as costas e fogem por fim

Escondem-se entre as nuvens

E desse apressar há penas pequeninas a esvoaçar

E caem sobre mim para sossegar

Oh! Meus trágicos desejos

Apenas queria beijos e saciar-me

Na loucura de amar.

De tta

 

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 16/07/2011
Código do texto: T3098422
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