Palavras 0415 - Saudade
E caminha a desconhecida...
Era mais um dia de espera,
o cheiro de saudade mordendo no ar,
um sol saindo na beira da janela
e a chuva dos olhos caindo sem parar.
Tudo tinha sinais de espera,
como nada muda, os anos desaba,
meu sempre era para sempre,
o céu abriu um buraco e tudo acaba.
Tenho vida ainda por amadurecer,
noite pra sonhar, dias pra realizar,
não importa quem dorme na cama,
minha primavera tem um nome, mas,
responde é o outono que me chama.
Não consigo fechar as janelas do ontem,
as sombras se arrastam na lembrança
e me querem preso naquela que maltrata,
ainda e assim que as luzes apagam,
quando amanhece a saudade quase mata.
E caminho o desconhecido...
Ela tem todas as cores, todos perfumes,
ela é noite, madrugada e a paixão,
ela é a janela que dá pro sol da manhã
e na noite se esconde debaixo da razão.
15/07/2011