Te procuro
Tanto te procuro,
no tempo,
no sussurrar do vento,
na noite tardia,
na madrugada parada.
Tanto te procuro,
sem descansar,
na sinfonia dos pensamentos,
nas palpitações do peito,
na força que tenho para amar.
Tanto te procuro,
no murmúrio das palavras,
na palidez da minha alma,
na luz dos teus olhos,
no malabarismo de nossas vertigens.
Tanto te procuro,
na malícia de seus quadris,
nos teus ais e lamentos
escondidas consoantes
que falam de nós e por nós.
Tanto te procuro,
nos seus dedos que escalavram meu peito
que arrepio!
Tanto te procuro,
no aroma dos teus jasmins
no teu campo de papoulas,
confiante no futuro,
eu semeador.