8ª. Carta para minha amante.
Autor: Daniel Fiúza
18/08/2003
Olha aqui amor, você matou!
o amor que nem nasceu...
Até o mar se revoltou
com a sua insensatez
a sua estupidez sintética
sua falta de lucidez.
O seu concreto pensamento
seus lamentos insípidos.
Ah! Minha rosa sanguinária!
Minha missionária, minha sensação.
De tantas dúvidas derramadas
entre a fome e o ouro
teu peso, teu tesouro
você preferiu o tédio.
Olha aqui amor...
As cores empalidecendo;
À noite findando e o dia amanhecendo
O tempo líquido evaporando
e você tão linda e indecisa
nervosa nem me nota.
Sabe amor! Não acredito nas suas lágrimas
nem nas suas mágoas.
Você revoltou o mar
deixou de amar, sonegou amor.
Você matou o que nem nasceu.
Não chore por nada, não lamente o abismo
você é apenas o pó do seu egoísmo
você é volátil, não sabe o que é amar
Nem conhece o amor, não peça minha vida
nem queira ser querida, por mim...
Por favor.