MOROSO

De mãos atadas escrevi

a minha sorte,

poemas fracos...suplências,

sobre tudo vertigens,

chego ao crepúsculo do sofrimento,

já sem forças até mesmo de respirar,

encontrando-me taciturno,

assaz perturbado...

...nem mesmo o calvário

suplanta-me a dor,

outrora como as gaivotas

em seus ninhos a repousar,

o tempo escuro,chuvoso,

um cálice amargo de amar,

num destino ensanguentado

a olho nu,

entre linhas virgens do sofrimento

um único pensar,

amar,amar e amar,

até o dia em que do sonho

acordarei.

Gabriel Souza
Enviado por Gabriel Souza em 14/07/2011
Código do texto: T3094758