MERCADO

“MERCADO”

Por que é tão presente

Mesmo que ausente

Inconsciente, vetado,

A mente que se desmente

Que não o amor,

Não o empenhe?

Amar,

Traçar meu lar

Condescendente,

Intermitentemente;

Bolinar os sonhos cadentes

Em não se represar

Os beijos em se rasgando

Os lábios inconfidentes

Causam-lhe danos

Panos de ócio

Inconscientemente salgados

Em que se pensa

Repensá-los

Repousar os práticos,

Mestrados,

O amor de tão frágil

É marcado e violado

Por aquele que não lhe entende

Violento,

Em quem sempre lhe empreender

Para que se mostre marco

A mim que seja como antes,

Alvo,

Mesmo em quem tange

Cativar dilacerante

Avisando-se avante

Para que se possa esquecer

A boca onipresente

Presente ainda vidente

O amor se passa insuficiente

Irritando-se as contas

Dos que lhes vendo esperar

Devem em repentes

Em que se metem amar

Mentem seres viventes

Descalços em pés nus

Destrato recente

Mercado para que se venda

O azul decente

De um amor confidente

Consciente e cru

De igual serpente

Que cura e mata

Em jejum

Serviente.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 14/07/2011
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