MERCADO
“MERCADO”
Por que é tão presente
Mesmo que ausente
Inconsciente, vetado,
A mente que se desmente
Que não o amor,
Não o empenhe?
Amar,
Traçar meu lar
Condescendente,
Intermitentemente;
Bolinar os sonhos cadentes
Em não se represar
Os beijos em se rasgando
Os lábios inconfidentes
Causam-lhe danos
Panos de ócio
Inconscientemente salgados
Em que se pensa
Repensá-los
Repousar os práticos,
Mestrados,
O amor de tão frágil
É marcado e violado
Por aquele que não lhe entende
Violento,
Em quem sempre lhe empreender
Para que se mostre marco
A mim que seja como antes,
Alvo,
Mesmo em quem tange
Cativar dilacerante
Avisando-se avante
Para que se possa esquecer
A boca onipresente
Presente ainda vidente
O amor se passa insuficiente
Irritando-se as contas
Dos que lhes vendo esperar
Devem em repentes
Em que se metem amar
Mentem seres viventes
Descalços em pés nus
Destrato recente
Mercado para que se venda
O azul decente
De um amor confidente
Consciente e cru
De igual serpente
Que cura e mata
Em jejum
Serviente.