UMA ILHA
Uma ilha é teu corpo.
Após o naufrágio,
é lá que quero aportar.
Da praia, quero seguir
para dentro de ti,
devastar tuas matas,
conhecer,
desvendar teus mistérios
e, se inevitável,
morrer.
Há um oceano de hipóteses
em teu derredor.
Luzes, cores, palavras,
o sal dos olhares,
tudo bate em ti
como água feroz,
como tempestade,
e resistes, ilha,
imensa, bela.
Quero me perder em ti
e encontrar teus rios.
E matar a sede
que me reduz a nada.
Por quantos dias ainda
ficarei nesse mar, perdido,
longe de ti?
A ilha que é teu corpo
pode me perder,
mas quero, alegre náufrago,
me perder em ti.
Uma ilha é teu corpo.
Após o naufrágio,
é lá que quero aportar.
Da praia, quero seguir
para dentro de ti,
devastar tuas matas,
conhecer,
desvendar teus mistérios
e, se inevitável,
morrer.
Há um oceano de hipóteses
em teu derredor.
Luzes, cores, palavras,
o sal dos olhares,
tudo bate em ti
como água feroz,
como tempestade,
e resistes, ilha,
imensa, bela.
Quero me perder em ti
e encontrar teus rios.
E matar a sede
que me reduz a nada.
Por quantos dias ainda
ficarei nesse mar, perdido,
longe de ti?
A ilha que é teu corpo
pode me perder,
mas quero, alegre náufrago,
me perder em ti.