Filho do vento
Se eu sorrir é porque existe clima
E a minha existência persiste.
Não sou o bêbado que brinda
Com a taça que não existe.
Sou irmão das coisas verdadeiras,
Não tomo decisão com emoção.
Travo a ganância dos homens
Num simples sopro da brisa.
Desmorono-me, sou um ser em construção,
Caminho e sei de quase tudo que faço,
Quando estou irresoluto, peço ajuda ao embaraço.
Posso sorrir, que o sorriso é alegria, é emoção.
Tem vida rápida e asas frágeis.
Um dia sei que não mais existirei no vento
Na brisa, na canção ou na noite enluarada.
Eu que um dia aqui me encontro, estarei extinto...