Sensatez
E o amor que era bonito.
O sentido nunca esquecido,
O porquê, que era perdido,
O sabor que era curtido.
A paixão que era ardente,
A volta que era eminente,
De um coração que era contente,
De uma alma que era crente.
O desejo que era intenso,
Outro caso que era sem senso,
Do qual sobrou um clima tenso,
Deixando tudo em suspenso.
A vida que era corrida,
A palavra que era pouco dita,
A presença que era sentida,
A falta que era sofrida.
O que será que disso aflora?
A esperança sempre esquece a hora,
Nunca acha que demora,
Até que se cansa e vai embora.
Sinta se livre pra voar.
Mesmo longe, lá irei estar,
Te fazendo sempre pensar,
Que outro não ocupará meu lugar.