VAZIO DA ALMA
No silêncio de tudo aquilo que me cerca,
sinto um alvoroço que cresce em todos os sentidos,
inquieto abraço o próprio vazio de minha alma, mesmo
sem esperar qualquer resultado.
As horas vão se esvaindo, as cansadas
esperanças de poder reaver
a integralidade do meu amor-próprio,
vão da mesma forma, tomando o caminho incerto.
Os tiquetaques demonstram passos apressados,
determinados para cumprirem sua missão,
eles não param em nenhum momento, nem para socorrer os desesperançados.
E neste estado, tenho a impressão que encontro-me deitado submerso em águas que invadem o meu quarto,
e de repente, sinto que sou abraçado pelas
muitas lembranças de um passado.
Eu não sei o que significa este
gesto peculiar e ingênuo, se a
vida oferece momentos venturosos
repletos de felicidade.
Mas que coisa, estou tentando enganar
a mim próprio como esconder
de todos o verdadeiro motivo de
tantas horas mortas, ela continua sim
fazendo muita falta...