À Vitória

A vitória até parece
Um barco a navegar só;
Não dá um ponto sem nó
Mesmo quando entro em prece.

Os braços de remar contra
A maré latejam muito
Seguindo sempre o circuito
Das ondas e nada encontra.

Meus braços também são barcos
Que te ondulam com vigor
Nas águas do meu amor
E com eles faço marcos.

As ondas diante do claro sol
Não tiram nossa coragem
Quando atacam com voragem
Girando qual girassol...

Nas ondas do mar vitória
Esse meu barco balança
Parece que nunca alcança
Essa merecida glória...

Nós somos só barcarola
Que a mais sutil ventania
Transforma toda a alegria
Na tristeza que desola...

Mas, o barco da Vitória
Algum dia aportará
Nesse porto com alvará
Para nova trajetória...

Nos seus olhos verei luz
E, então a felicidade
Brilhará em toda cidade
Pois o mar a ela conduz.

Como serão doces os dias
Doces serão nossas noites
Sem das dores os açoites
Mas, do mar as melodias...

A vitória será o mar
E nós, marinheiros
A saudar os companheiros
Junto às nós a navegar...

Quero ver o lindo rosto
No mar lua pesquisar
E no prateado lunar
Um lindo amor sem desgosto.

Adoro você, meu anjo,
Desejo que pise areia
Trazendo tua mão bem cheia
De esperança e novo arranjo...

Espero a vitória plena
Pois as pedras do mar doem
Os meus braços não dispõem
De remos fortes. Que pena!


Imagem: Internet

MVA
Enviado por MVA em 12/07/2011
Reeditado em 12/07/2011
Código do texto: T3090798
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