Pedras à Minha Janela
Pedras à Minha Janela
Houve um tempo em que pela noite,
Pouco depois de adormecer,
Pedras eram jogadas à minha janela.
À princípio elas pouco me importavam,
Não obstante mais pedras foram lançadas
Com força cada vez maior,
Até que minhas janelas foram estilhaçadas,
Em pedaços minúsculos de vidro
Que se espalharam por toda a casa.
Já não podia ignorar essas pedras,
Que vinham então, acompanhadas de bilhetes:
“Eu te amo.
Eu só penso em você.
Eu te preciso.
Eu só penso em te querer!”
Foi então que, apreensivo, fui procurar
Quem possuía em mim, tamanho interesse
Para tão tenazmente minha atenção querer chamar.
Pedras eram jogadas à minha janela
Quando fui ver,
Não havia alguém que as jogava...
23/12/2010; Ipanema MG
Diogo Gomes de Andrade
"O Poeta das Estrelas..."
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