Palavras 0412 - Aos acasos de amor

Não sei o que quero, por agora só comer,

alimentar minhas caminhadas com tinta,

pintar sonhos no papel que me agasalha,

enrolar nas palavras que me requinta.

Volto ao futuro, como se fosse meu passado,

os delírios despertam sem nenhum prazer,

imaturo amo, um tanto diferente de gostar,

posso tudo, ainda que não saiba querer.

Aos acasos caminho pequenos mundos,

ouvindo tudo sem nada me surpreender.

Quero músicas dentro da cabeça,

como se estivesse fazendo pra acolher,

um pouco maligno, um tanto inocente,

tudo ao mesmo tempo em que posso ser.

Impuro podem ser os meus pensamentos,

neste, quando ela quer tudo pode acontecer,

o tesão vem e faz tudo pro nosso corpo,

quando ativo é prazer que nos faz abastecer.

12/07/2011