Olhos e bocas...
Quieta
Com tua língua
Frívola
Untando
Perto da mesa
A sobremesa predileta
Faminta
Com teus olhos e bocas
Entreabertas
Vislumbrando
Prelúdios
De novas descobertas
E múltiplas posições
Intrépidas,
Eretas...
Quieta
Sorvendo igual sorvete
Absorvendo atmosferas sensuais
Adjacentes
Transportando um prazer sutil
Viril...
Me deixando as cegas
Coração, piegas
Quieta
Manifesta, morde
Brinca com os lábios...
Faz festa com o vinho
Arma um olhar que arquiteta
Arma secreta...
Capaz de fulminar
Qualquer inferno que alfineta,
Porém...
Quieta
Agora deita
deleita
me deixa gozar...
na espreita
aos teus olhos e bocas
da maneira mais sórdida
e repleta!
Da maneira mais certa!