O Coração

Recipiente de ternura e desejos,

Caixa de ressonância onde o amor faz morada,

Porta que se abre a cada alvorada

E se fecha ao arrebol com sutis lampejos.

Pandeiro sintomático da vida

Num compasso rítmico que seduz,

Contraponto de inebriante e intensa luz

Que presenteia a existência de concisa medida.

Fere-se quando relegado ao abandono,

Palpita imenso quando na alegria o pomos

Transbordando batidas de jubiloso astral...

Ceifa na dor quando a doença o acomete,

A traiçoeira morte o deixa inerte

Transpondo as fronteiras da vida com destino ao infinitesimal!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 11/07/2011
Código do texto: T3089204
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