Bem te via
Uma bela manhã
te vi passar, menina,
balançando as tranças
e a doce ave com sua melodia:
Bem-te-vi... bem-te-vi.
Tu guardaste os teus sorrisos.
Eu servia os meus à bandeja.
O pássaro cantava em meu lugar:
Bem-te-vi, bem-te-vi...
E eu dizia: Que assim seja!
Que bem te via, aquele dia...
Hoje, na hora amiga da tarde
passeio pela relva,
Não há (en) canto, nem menina.
Me vejo cabisbaixo
e o meu Bem-te-vi calado.
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