Paralelo Zero
Sou a Terra...
Tu és o Paralelo Zero
Imaginário
Abstrato
Universal
Rodo como um pião
Beijo tua magna horizontalidade
Desvirginas-me...
Vivo um magnetismo de dualidade
Vago sem rumo no meu giro
Perco minha individualidade
Torno-me escrava do teu néctar
Que fascina minha alma de poeta
Sou amante constante...
Choro de saudade
Cheia de desejos,
deito-me na tua magia
Adormeço no teu regaço
Sou um Planeta Azul,
Banho-me nos mares da deusa Iemanjá
Vivo uma doce quimera...
E, separo-me do teu amor,
que me impera...