Sentença

O vento que sopra a areia

Leva minha saudade de carona

E meu amor que está em coma

Fenece de solidão em minhas veias.

Meu sangue borbulha estilhaçado

Por entre paredes corroídas pela dor,

Pereceu de nostalgia moribundo amor

Perante um coração deveras enamorado.

Deserto infindo apodera-se do meu ventre,

Rabiscos de reminiscências ficam pendentes

Na água que cai do olhar e se esvai pela ponte...

Na correnteza há um último adeus que chora

A saudade envelhecida que o vento levou embora

Sem deixar rastros carcomidos do que foi ontem!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 10/07/2011
Código do texto: T3087011
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