Sentença
O vento que sopra a areia
Leva minha saudade de carona
E meu amor que está em coma
Fenece de solidão em minhas veias.
Meu sangue borbulha estilhaçado
Por entre paredes corroídas pela dor,
Pereceu de nostalgia moribundo amor
Perante um coração deveras enamorado.
Deserto infindo apodera-se do meu ventre,
Rabiscos de reminiscências ficam pendentes
Na água que cai do olhar e se esvai pela ponte...
Na correnteza há um último adeus que chora
A saudade envelhecida que o vento levou embora
Sem deixar rastros carcomidos do que foi ontem!
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