Tuas Delícias

"Quão formosos são os teus pés nas sandálias, ó filha de príncipe! Os contornos das tuas coxas são como jóias, obra das mãos de artista. O teu umbigo como uma taça redonda, a que não falta bebida; o teu ventre como montão de trigo, cercado de lírios. Os teus seios são como dois filhos gêmeos da gazela. O teu pescoço como a torre de marfim; os teus olhos como as piscinas de Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim; o teu nariz é como torre do Líbano, que olha para Damasco. A tua cabeça sobre ti é como o monte Carmelo, e os cabelos da tua cabeça como a púrpura; o rei está preso pelas tuas tranças. Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias! Essa tua estatura é semelhante à palmeira, e os teus seios aos cachos de uvas. Disse eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus ramos; então sejam os teus seios como os cachos da vide, e o cheiro do teu fôlego como o das maçãs, e os teus beijos como o bom vinho para o meu amado, que se bebe suavemente, e se escoa pelos lábios e dentes. Eu sou do meu amado, e o seu amor é por mim. Vem, ó amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se estão abertas as suas flores, e se as romanzeiras já estão em flor; ali te darei o meu amor. As mandrágoras exalam perfume, e às nossas portas há toda sorte de excelentes frutos, novos e velhos; eu os guardei para ti, ó meu amado."

(Cantares de Salomão - Capítulo 7)

Tuas Delícias

Suave doce que sorvo

Num beijo em teus lábios de mel!

Ao tocar tua boca quente

Flui em mim uma chama ardente,

Que arrebata meus sentidos e me leva ao céu!

Desvendar os mistérios de teu corpo,

É como explorar as riquezas de uma mina,

Cavalgar no selvagem por um bosque intocado,

Sentir o sagrado e o profano, o lascivo e o imaculado,

Ao possuir teu corpo de menina!

Amar-te, um privilégio que me deixa absorto.

Ser teu escolhido, uma dádiva especial!

Quero ter-te sempre perto de mim

Para poder te amar tão intensamente, assim.

Pois sei que amor como o teu, não há igual!

Ipanema MG; 18/12/2010

Diogo Gomes de Andrade

"O Poeta das Estrelas..."

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