MULHER ÚLTIMA.
(Poemeto com toda a razão).
Desejo uma mulher livre e quarentona.
Loira ou morena, pouco importa!
Mas que seja minha impoluta Madona,
Para acariciar-me nas tristes horas mortas.
Ela será o meu místico e lindo relicário.
Depositária fiel dos meus últimos sonhos,
Sinopse de uma vida que de ordinário,
Fez-se só amor, assim penso e suponho.
Viveremos o nosso fastidioso crepúsculo,
Bebendo à tarde fria que se avizinhará,
Prenunciando a noite que eternamente busco,
Em seus olhos lindos e cheios de mel.
Satisfarei a minha ânsia e o meu último desejo,
Enquanto a vida teimosa ainda persistir.
Será encantador o nosso benquerer,
Seremos vestidos somente de encantos.
As nossas vidas será a poesia do existir.
Temos tudo para sermos felizes, por tanto,
Amor, carinho, ternura e grande respeito.
Glau, por favor, vem para mim duma vez,
Com esse teu lindo e querido jeito,
De mulher amada e muito bem amada.
Satisfaz esse meu último pleito.
Juro!
O nosso amor é mais do que perfeito.
Eráclito.