BALADINHA AO TEU OLHAR.

 

 

 

 

Aos olhares alheios pouco importa.

Que sejam cegos ou caolhos!

Mas o que realmente me conforta,

É mirar profundamente no teu olho.

De olhar que eu quero ver,

Um dia a me olhar.

Olhares que troco só para ter,

O teu coração feito para amar.

Quero os teus olhos fugidios,

Acesos em lágrimas e afogados.

Pra teres com o teu ser arredio,

Meu corpo já maduro ali deitado.

Horizontalmente e lânguido junto ao teu.

De mistérios indevassáveis ao lado

Deste poeta que felicidade te prometeu.

Quero-te numa só carne e suados,

Num mundo de mil devaneios,

Em gritos de furioso alarde,

Beijando os teus lindos seios.

 

Eráclito.

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 03/12/2006
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