No silenciar do coração!

No âmago a quietude vacila,

Entre uma tímida e outra batida,

Este órgão que silencioso reclama

A ausência tão próxima ...

De quem mais ama!

A um passo dali tu respira,

Com teus ais...

Teu coração se engana,

Ao abrires sua mão,

... sem pensar... noutra mão.

Que prometera... algo muito mais...

...Que a cama!

Basta olhar para a tempora

Coberta de neve...

E o bater silencioso

Que entoa uma cântiga suprema...

Tal qual as dos anjos entre nuvens

Com as arpas e singelos alaúdes...

A falar deste amor a miúde

Que nas farpas da vida

Se enterra...

E matando a beleza outonal

Impedindo-a de novo enchergar...

As belezas que tráz a primavera!

Betinamarcondes
Enviado por Betinamarcondes em 09/07/2011
Reeditado em 09/07/2011
Código do texto: T3084398
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