No silenciar do coração!
No âmago a quietude vacila,
Entre uma tímida e outra batida,
Este órgão que silencioso reclama
A ausência tão próxima ...
De quem mais ama!
A um passo dali tu respira,
Com teus ais...
Teu coração se engana,
Ao abrires sua mão,
... sem pensar... noutra mão.
Que prometera... algo muito mais...
...Que a cama!
Basta olhar para a tempora
Coberta de neve...
E o bater silencioso
Que entoa uma cântiga suprema...
Tal qual as dos anjos entre nuvens
Com as arpas e singelos alaúdes...
A falar deste amor a miúde
Que nas farpas da vida
Se enterra...
E matando a beleza outonal
Impedindo-a de novo enchergar...
As belezas que tráz a primavera!