Mil Vidas de Amor
Quando eu atravessar o umbral dos espíritos,
Estarei levando as mais lindas lembranças
Da vida que aqui passei.
Lamentarei no limbo celestial,
A separação da alma que mais amei
E aqui a deixei.
Mesmo que os anjos se apiedem
De minha dor, nada poderá.
Aliviar meu sofrimento.
Pode a natureza derramar
Suas lágrimas em orvalho,
Sobre as flores do jardim
Da tua existência,
Que nenhuma lágrima será capaz
Das minhas lágrimas sobrepor,
Pois elas foram derramadas
No mais profundo ato de amor.
Não haverá jamais em todas as minhas vidas,
Outra mulher que preencha minha dor,
Deixada pelo vazio da tua ausência.
Possa eu viver mil vidas.
Possa eu nascer em mil moradas,
Jamais nas vidas que eu renascer,
Deixarei de lembrar tua imagem,
Ó alma minha, ó alma amada.
Carlos Neves