SEU SUMIÇO

Você que sumiu de mim,

Que me deixou assim;

Patética, frenética, esquelética.

Você que surgiu do mar,

Num imenso barco a navegar

E acenou com as mãos de amor,

Porém, se foi na rota do condor

E desdobrou-se em nuvem

Deixando meu céu mais lúgubre.

Você que tenta voltar

Surgindo devagar

Na suave noite parda,

Tão escura que me guarda.

Beija meus cabelos de vento,

Aperta-me de encontro ao teu tempo,

Sente meu pulsar escandaloso,

Só assim meu mundo voltará a ser ditoso.

Perder-te é não ver-te,

verter-te é deixar-te ir...

Como punir-te se eu mesmo tentei fugir?

Rose Arouck
Enviado por Rose Arouck em 03/12/2006
Código do texto: T308333