SEU SUMIÇO
Você que sumiu de mim,
Que me deixou assim;
Patética, frenética, esquelética.
Você que surgiu do mar,
Num imenso barco a navegar
E acenou com as mãos de amor,
Porém, se foi na rota do condor
E desdobrou-se em nuvem
Deixando meu céu mais lúgubre.
Você que tenta voltar
Surgindo devagar
Na suave noite parda,
Tão escura que me guarda.
Beija meus cabelos de vento,
Aperta-me de encontro ao teu tempo,
Sente meu pulsar escandaloso,
Só assim meu mundo voltará a ser ditoso.
Perder-te é não ver-te,
verter-te é deixar-te ir...
Como punir-te se eu mesmo tentei fugir?