SEUS OLHOS

Seus olhos tão profundos,

me transmitem a paz que perdi a muito tempo.

Seus olhos mesquinhos e superficiais,

me levam onde nunca fui,

me trazem o brilho da vida,

a cor do amor

eo infinito da alma.

Seus olhos castanhos

de sofrimento,

me destroem e

me fascinam,

me matam e me trazem a vida,

fazem-me ver a luz nas trevas

e as trevas

na luz.

Seus olhos

na busca dos meus,

meus olhos na busca

dos seus,

num olhar o tempo

acaba parando,

nos seus olhos,

vejo a chama do inferno

e a brisa do paraíso.

Vejo

ódio,

amor,

inveja

e acima de tudo medo,

medo que olhares aumentem

e se tornem incontroláveis,

medo que a falta de controle

se transforme em beijos ardentes,

medo que beijos ardentes,

transformem a paixão amarga e o ódio

em amor, amor proibido, medo...

medo dos outros,

medo de si mesmo...

Donatello Abrantes
Enviado por Donatello Abrantes em 03/12/2006
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